Ontem, dia 5 de junho, Dia Mundial do
Ambiente, a biblioteca da Escola Básica de Mira deu início aos Dias
Culturais com a tertúlia “Gândara: ambiente e gente”, uma evocação afetuosa da nossa
terra, em toda a sua agrura e esplendor.
Para bem a começar, relembrámos os sabores
de outrora, com uma sopa gandaresa feita à lareira, broa de milho, chouriço e
azeitonas, manjares campesinos que nos transportaram aos primórdios de nós e à
essência das coisas.
Estômago retemperado, veio o
chamamento para festa, com a alegria da gaita-de-foles, da pandeireta e do
bombo dos “Gaiteiros da Gândara”.
Foi, então, hora das palavras. António
Canteiro, António Castelo Branco, Fátima Bica, Lurdes Breda e Idalécio Cação
falaram do que os inspira e de como se fizeram escritores do nosso quotidiano.
Vieram, depois, Inês Santos e Vítor
Santos, na flauta transversal e na guitarra, Mariana Almeida e o seu avô, no
saxofone e no acordeão, lembrar-nos sonoridades antigas.
Seguidamente, e porque a cultura de um
povo também se define pela gastronomia, Luís Lavrador falou das pequenas
maravilhas da cozinha da Gândara, que nenhuma globalização deverá apagar.
Fez-se novamente silêncio na sala.
Cantaram a alma portuguesa as vozes, o violino, a viola, de Manuel Rocha e Aurélio
Malva.
Na última intervenção da noite, João
Petronilho mostrou-nos imagens de seres que povoam a terra agreste e os céus da
Gândara, captadas pela objetiva da sua câmara fotográfica.
Ia já a noite alta, quando os
gaiteiros encerraram a festa. Até para o ano!
A 7.ª edição da tertúlia “Conversas ao
borralho”, organizada pela Biblioteca da
Escola Básica de Mira, contou com o apoio do Agrupamento de Escolas de Mira, da Câmara Municipal de Mira, da
Quinta das Bageiras, do Talho Miraldo,
da pastelaria O Largo, de Maçarico S.A., do Intermarché de Mira e a generosidade dos alunos do 6.ºE,
funcionários e professores da nossa escola.
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