As
bibliotecas do agrupamento incluem, no seu plano de actividades, acções abertas
à comunidade que promovem o desenvolvimento de todas as formas de cultura.
Este
ano, o património oral inspirou-nos e os “Contos do Mar” serviram de mote à
quinta edição da tertúlia “Conversas ao borralho”.
Para
abrir a noite, a escritora Lurdes Breda, rodeada dos seus livros, falou do seu
apego ao mar e de como ele marca presença na sua escrita.
Para deleite dos presentes,
disse, sentidamente, alguns dos seus poemas, um deles acompanhado à viola por
Mestre Alcino, e mostrou-nos um pequeno vídeo, em que crianças cantavam e
teatralizavam o seu Rap do Mar.
Generosamente, distribuiu nós de marinheiro pelos presentes, todos diferentes, todos magistrais. Terminou com a história da baleia com comichão, uma história imperdível dos tempos em que andava embarcado pelos mares da Terra Nova.
José Craveiro veio a seguir. Com a sua voz serena levou-nos ao fundo das nossas memórias, transportou-nos a épocas em que ouvíamos histórias à lareira. O tempo parou ao ouvi-lo, num encantamento total.
A encerrar a tertúlia esteve o grupo “Aldeia Velha”. Ouviram-se cinco fados e, por cinco vezes, fomos embalados pelas vozes de Isaura Miranda e António Cainé, a viola baixo de Mário Rua e a guitarra portuguesa de Manuel Sargento. Sentimos, tal como no fado de Alexandre O’Neill e Alain Oulman, o coração a bater, perfeito.
O público presente não arredou pé até muito tarde.
Alunos,
pais, professores no activo e aposentados, funcionários folhearam os livros de
Lurdes Breda, pediram-lhe autógrafos, conversaram, cantaram em coro, riram,
comoveram-se, tornando as intervenções dos nossos convidados momentos
inesquecíveis.
Foi
uma noite de emoções. Das que nos reconciliam com a vida. Bem-haja a todos.
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